Primeiros dias de março de 2014, após duas horas de voo, equipamento e passageiros aterrissam em Florianópolis.
A capital do estado de Sta. Catarina é uma Ilha conhecida internacionalmente por suas praias paradisíacas tanto ao norte quanto ao sul da Ilha, nosso destino, o Campeche.
O Campeche já foi um local bem ermo, residência da população local que ainda se dedica a pesca ou criação de ostras, além de migrantes em busca do sossego e de estudantes. Meus amigos e clientes já habitam o Campeche desde meados da década de 1990. Sem o intuito de me engendrar no mercado da tatuagem local, que me parece estar em franca expansão, devido a quantidade de estúdios que pudemos ver em todo canto da Ilha, até nos mais inimaginável; além da quantidade de pessoas pelas quais fui abordado, com a velha pergunta “tu é tatuador?”
Mesmo assim me ative aos trabalhos que já havia começado no sudeste e acabei fazendo mais alguns trabalhos graças a estes.
Muito bom sair da rotina do estúdio onde tudo está preparado para as minhas necessidades e enfrentar novamente os desafios de um espaço não preparado para isso (apesar do estúdio montado na sala de estar de um amigo ter o piso lavável e uma bela mesa de vidro, o que garantia a limpeza e esterilização do ambiente entre uma tattoo e outra), além do prazer de pedalar meia hora para chegar ao “estúdio” e poder pegar uma praia antes ou depois do trabalho.
Num outro ambiente aonde tatuei, esse um salão de cabeleireiro na varanda de uma bela casa rústica muito aconchegante, pude tatuar vendo as árvores, pássaros, o sol se movendo e a brisa leve do mar..
Muito agradável para se preparar para a volta a cidade grande, selva de pedra e arranha-céus!
Após 12 dias e uma última tattoo na nossa anfitriã estava pronto para mais duas horas de voo e já voltar ao trabalho na loja, quando, chocado, notei que haviam sete dias que eu não via um edifício com mais de 3 andares!